Mensagem da Semana 29/10/2012

²⁰Àquele que tudo pode realizar superabundantemente, e muito mais do que nós pedimos ou concebemos, e cujo poder atua em nós, ²¹a ele a glória, na Igreja e em Jesus Cristo, por todas as gerações, para sempre. Amém. Ef 3, 20 – 21

 

⁵¹Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão. Lc 12, 51

 

⁵⁸Quando, pois, tu vais com o teu adversário apresentar-te diante do magistrado, procura resolver o caso com ele enquanto estais a caminho. Lc 12, 58

 

⁵¹Então Jesus lhe perguntou: “O que queres que eu te faça?” O cego respondeu: “Mestre, que eu veja!” Mc 10, 51

 

⁷Não sejais seus cúmplices. ⁸Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz. Ef  4, 7 – 8

 

Caríssimos irmãos,

Bendito seja Deus que com toda fidelidade olha para nós e nesse olhar está uma imensa força de amor que nos atrai para Ele.

Bendito seja Deus que nos acompanha em todos os caminhos por onde andamos, até naqueles que tanto O  desagrada.

Bendito seja Deus que compreende nossas fraquezas e, passando por cima de nossas ingratidões, estende para nós suas mãos para de novo nos acolher com Sua misericórdia e perdão.

Bendito seja Deus que permanece abrindo mares e derrubando muralhas para nos levar até onde deseja que alcancemos.

Bendito seja Deus que por Jesus nos dá o Espirito Santo!

E o Espírito Santo nos encoraja a superar nossas resistências e limites, nos faz aceitar Sua Santa ação e asim santifica nosso querer e agir.

Até chegarmos um dia, a poder dizer como São Paulo: já não sou quem vive, é Cristo que vive em mim!

“²⁰Àquele que tudo pode realizar superabundantemente, e muito mais do que nós pedimos ou concebemos, e cujo poder atua em nós, ²¹a ele a glória, na Igreja e em Jesus Cristo, por todas as gerações, para sempre. Amém.” Ef 3, 20 – 21.

Irmãos amados, com solenidade simples mas rica do calor do Espírito Santo, foi encerrado o X Cerco de Jericó da nossa Catedral. O povo de Deus revezou-se na Capela Santa Teresinha aos pés do Santissimo Sacramento, glorificando o Senhor, apresentando a Ele suas dores e preocupações e provando de Sua consolação.

Não havia um espacinho no Coração de Jesus que ficou exposto para registrarmos os terços rezados...ficou cravejado de flores e cada Ave Maria recitada era um bálsamo contra as injúrias e blasfêmias com que nosso Jesus é atingido a cada dia.

Portanto amados, os sete dias e seis noites de louvor e adoração passaram, mas em nós deve permanecer ecoando cada oração, cada clamor, cada Salmo e cada passagem da Sagrada Escritura rezados naquela Capela.

E que o efeito residual dos prodígios e maravilhas acontecidos nessa semana nos mantenha com essa sede das coisas do alto e desejosos de se amoldar a um viver conforme Jesus ensinou e espera de nós.

Nós abrimos nossa reflexão trazendo essa passagem do Evangelho de Lucas, retirada  da liturgia da semana que passou, um  texto que taxaríamos de “no mínimo” intrigante.

Ouvimos com frequência explicações a respeito da palavra diabo, cuja origem é diávolo, que vem de dividir. O que divide, então, por conseguinte diz respeito ao diabo, a satanás.

E de repente, o próprio Jesus se apresenta como aquele que veio, não para trazer a paz, mas para estabelecer a divisão.

E Ele explica: haverá divisão na família, tres contra dois, pai contra o filho, filho contra o pai...

Essa narrativa nos mostra o quanto necessitamos da Luz de Deus, o quanto viver vigilantes e em oração é fundamental para um cristão.

Nos deixamos levar muitas vezes por raciocínios simplistas e práticos e, sem pedir o auxílio da sabedoria de Deus, tiramos nossas próprias conclusões, e nos acomodamos com elas.

Jesus então nos dá uma sacudida...existem divisões e divisões...assim como existem substâncias imiscíveis também aqueles que estão mergulhados em Jesus provocarão divisões.

Quando Ele, nesse texto diz que veio trazer fogo sobre a terra, diz à nós, que todos os dias renovamos o sim ao Seu chamado, que somos essas faíscas, responsáveis por manter esse fogo aceso e que ele se alastre.

Nossa cidade nos proporciona, no período de seca, uma cena triste quando vemos o fogo consumindo a vegetação ressecada pela falta de chuva e, de muito longe, somos capazes de identificar aonde está ocorrendo uma queimada.

Então caros amigos, se pudéssemos usar o exemplo da natureza e fazer com que esse fogo de que fala Jesus, bem difrente do que dstrói o verde, pudesse se espalhar dessa forma, de longe, de muito longe, nossos irmãos saberiam aonde haveria uma “queimada de Jesus”, aonde buscar ajuda e, por que não dizer, para que direção deveriam caminhar.

E quanto a divisão, amigos, por mais escuro que esteja um ambiente, um pouco de luz já o modifica. Quando pássamos por uma apagão, como tivemos há pouco tempo, já observaram o poder de um pálito de fósforo? O quanto ele é capaz de iluminar?

Essa chaminha em nós às vezes incomoda...e sem que queiramos ou tenhamos essa intenção. Porque quem provoca o incômodo é Alguém que está em nós, de quem não somos dignos nem de desatar suas sandálias, mas que por amor, decidiu estar conosco e por intermédio de nossas mãos, voz, pés, e especialmente o coração, levar a muitos a opção de recomeçar suas vidas. A opção de abandonar toda uma história amarga e de experiências traumáticas e desagradáveis, para ter uma vida nova em Jesus.

Nem sempre o que divide, ou quem divide, pertence ao mal...

O texto seguinte, separado para meditarmos, é a continuação do anterior, do Evangelho de Lucas, cap 58.

⁵⁸Quando, pois, tu vais com o teu adversário apresentar-te diante do magistrado, procura resolver o caso com ele enquanto estais a caminho. Lc 12, 58

Nele, Jesus apresenta uma situação em que um de nós tem um adversário, e as diferenças existentes entre ambos não foram resolvidas levando o caso até os magistrados.

As divergências existem e são parte integrante na vivência humana. Dada a riqueza da natureza do homem, existem pessoas prontas a ceder em favor da opinião alheia, outras nem tão flexíveis assim, outros absolutamente indiferentes à tudo.

Nosso Deus é o Deus da diversidade, da multiplicidade de formas, cores, sons. Por que haveria de fazer os homens todos iguais, pensando iguais, etc?. A monotonia não é de Deus! O dom da criatividade, essa sim, vem Dele!

Mas às vezes não vemos o tema por esse lado. E a convivência entre as opiniões divergentes passa a ser um tormento. Instala-se quse uma guerra, onde cada lado acha que está com a  razão.

A ponto de precisarem de um terceiro elemento para ser o voto de Minerva, para desempatar. Nem tudo que diverge aponta para um lado errado.

Jesus, nesse versículo nos sugere encontrar esse convívio saudável quando estamos ainda a caminho. Ou seja, em nosso dia a dia.

Enquanto seu filho está perto de você, antes que ele parta sem chance de se compreenderem.

Enquanto o irmão da comunidade ainda frequenta a mesma Igreja, antes que ele mude de religião para encontrar alguém que conviva com seu jeito de pensar.

Enquanto seu marido / esposa acorda ao seu lado, antes que um dos dois parta e tanto tempo foi desperdiçado com o silêncio, com as trocas de “elogios”, a falta de carinho, de companheirismo.

Enquanto voce está em condições de ajudar a Igreja a crescer, com seu trabalho, com sua oração silenciosa, com a caridade, antes que a amargura que cultiva em seu coração cheio de mágoa contamine todo o seu corpo e alma.

É caminhando que se aprende a caminhar. Foi no caminho que os discípulos de Emaús sentiram seu coração abrasado e experimentaram o amor de Jesus. Foi no caminho que os leprosos viram sua pele ficar limpa pelo poder de Jesus.

Enquanto estamos a caminho, busquemos aceitar nosso companheiros de caminhada como eles são, esfocemo-nos para amá-los e perdoá-los.

Enquanto estamos a caminho, sejamos leais e honestos com quem caminha conosco e quando nos sentirmos ofendidos ou magoados por um deles, ofereçamos-lhe o benefício da dúvida.

Como? Indo direto, a esse irmão, ( e somente a ele ) abrindo seu coração e ouvidos e estendendo seu perdão a ele.

Enquanto estivermos a caminho...

A seguir trazemos o versiculo 51 do Evangelho de Marcos. E faremos dele a nossa oração particular.

Caríssimo irmão, irmã o cego de Jericó tinha seu ponto onde pedia esmolas. Seu sentido de audição certamente procurou compensá-lo da falta de visão e ele estava atento ao que acontecia a sua volta.

E as pessoas passavam e comentavam os feitos de Jesus. Que tinha ocorrido tal cura ali, mais outra acolá, que Ele tinha opiniões próprias e jeito diferente de pregá-las.

Até que lhe surgiu a grande chance...ouviu dizer que Jesus ia passar ali! Pertinho dele e ele não iria perder essa oportunidade de tentar!

Apurou mais seus ouvidos e ao ouvir o alvoroço percebeu que era Jesus chegando, prontamente pôs-se a gritar: Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!

E ningué se dirige dessa maneira a alguém se não tiver uma segurança muito forte de que essa pessoa poderá ajudá-lo. E essa segurança atingiu como um raio os ouvidos de Jesus, que logo pediu aos apóstolos que o chamassem. Mas antes de qualquer gesto Jesus o olhou e perguntou: Que queres que eu te faça?

E nesse ponto que gostaria de chegar e, em oração, se pergunte se vc tem essa certeza dentrode você de que Jesus pode ajudá-lo em sua necessidade.

Segundo lugar, sua “cegueira” fez com que tivesse ouvidos mais atentos e sempre que ouve alguém falando dos feitos de Jesus você absorve com vontade?

Quando nos deparamos com a Palavra de Deus, e a cada texto que meditamos é o próprio Deus que nos fala, Ele se faz presença diante de nós. Deus conversa conosco cara a cara, frente a frente, não é pelo celular, pelo facetime, ou pelo msn.

Ele agora lhe pergunta:  Meu filho, minha filha, que queres que eu te faça?

O fim dessa história é com você!

Contemple a possibilidade do Senhor lhe dizer não. Às vezes o não que tememos é exatamente o melhor que poderia nos acontecer.

Por fim queridos irmãos, gostaria de deixar esse versículo para que ele o acompanhe durante esse dia e vá suscitando em seu coração essa responsabilidade de quem se comprometeu até o pescoço com as coisas do Reino...

⁷Não sejais seus cúmplices. ⁸Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz. Ef  4, 7 – 8

Pergunte-se como é ser filhos da Luz. Como é honrar essa filiação.

Conheço de fato a Palavra, os documentos da Igreja, procuro conhecer a tradição da Igreja? Minha vida de cristão é coerente com a dos filhos da luz?

Caríssimos, peço encarecidamente que intercedam por nossa oração logo mais à noite.

È indispensável que se preparem para participar dela, com orações, jejum, participação na Eucaristia (começamos nossa oração dessa segunda-feira com a missa,  e não na casa da familia que visitaremos).

INTERCEDAM INTERCEDAM INTERCEDAM

REZEM REZEM REZEM

Bjus

JACYRA